Coisas muito esotéricas que eu li hoje de manhã nas redes sociais: "todas as pessoas que entram na sua vida têm uma missão; só se vão embora quando ela está concluída". Apraz-me dizer que, de momento, não tenho mais espaço onde colocar todo o aprendizado que a vida me está dando. (pelo menos o da parte amorosa, vá). Desculpem-me a impertinência, mas estou exausta. Muito exausta. Bom se calhar é melhor não me queixar tanto, não vá o gajo que escreve o guião estar a ouvir. Mas, qual é a necessidade de uma pessoa conhecer alguém, interessar-se por e ficar pendurada? Been there, done that. Que lição é que posso tirar disto? Digam-me! Estou com muitas dificuldades em gerir tudo internamente. Destabilizou-me um bocado, confesso. E depois as perguntas: como é que eu não vi that coming? Foda-se pah! Haviam algumas red flags, mas não havia tipo um manto vermelho a cobrir as bancadas do estádio da luz.
Estou a tentar manter o equilibrio, acordar cedo, fazer exercício, comer bem e não olhar muito para o telemóvel. Depois digo para mim própria, "ele seria demasiado básico para mim, não resultaria" ou então "já percebeste o que ele quer, não cedas". E de repente, no meio do circo que está montado, aparece um demónio que começa a balançar tudo "tu gostaste" e "tu até cedias". Ai filhos, saudades da terapia. Será que eu estou a exagerar? Será que foi/é só carência? Não me consigo entender. As águas estão turvas e eu não gosto nada dessa sensação. Contudo, não me preciso preocupar demasiado com, assim como assim já não há interacção e isso é por si só uma declaração de intenções muito clara. Os homens interessam-se por mim. Os homens dessinteressam-se por mim. Deal with it. Depois vêm as amigas, "ele pode voltar", "dá-lhe tempo", "deixa justificar-se". Uma mulher sabe e sente perfeitamente quando um homem já não está mais interessado. Foi mau, hein? Bom, interessado deve continuar a estar porque vê as stories todas, mas o que é que uma pessoa faz com visualizações e likes? Nada, né?
Nenhuma das frases de conforto que elas me dizem me serve, a não ser uma... "mais vale a gente arrepender-se de uma coisa que fez, do que de uma que ficou por fazer". Vocês perceberam. Eu quis dizer exactamente o que quis dizer. Mas eu sou eu, aquela que nunca consegue atirar-se de cabeça de um precipício. Porque já se atirou antes. E não correu bem. E depois fica a pensar que os que se atiram, de vez em quando, devem ter uma vida bem mais divertida. "Não me faria bem", repito. Eu sou vou para cama com alguém, assim de inicio, em duas situações: 1) quando estou bêbada - o que não tem acontecido; 2) quando já me enganaram muito bem enganada. A gente tem de acreditar que as coisas são o que são e esta, se calhar, não era para ser e portanto temos de aceitar e continuar a nossa vida sem olhar para trás. Mas aqui entre nós, vocês sabem que eu olharia, não sabem?