Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Sexo e a Periferia

Entre a Carrie Bradshaw e a Bridget Jones. Com muito menos glamour, é claro.

meryl-bridges.jpg

Pois é, queriam novidades, vão ter. Tristes, aviso já. Como já tinha partilhado antes, deixei de falar com o mocinho antes do fim do ano. Uma decisão em consciência. Não me arrependo. Não queria arrastar uma coisa que não era nada para 2023. Ainda assim, e mesmo sem interagirmos, ele fez questão de desejar Feliz Natal e Feliz Ano Novo, mensagens às quais eu respondi para não parecer uma besta. Como amigos achei que era o minimo que devia fazer. No entanto, confesso que já nada me fazia muito sentido.

 

Depois do Natal voltámos a interagir um pouco mais, ainda que a conversa servida fosse a mesma de sempre: uma refeição pobre e desnutrida sem grande aporte calórico. A dada altura de Janeiro cobrou-me o facto de eu ter saído com amigas (coisa que já tinha feito antes e eu tinha deixado passar). Cabe-me acrescentar que também tinha o terrível hábito de enviar prints (de conversas antigas) quando queria provar que tinha razão sobre tópicos discutidos antes. Excusado será dizer que me PASSEI! Perguntei-lhe preto no branco o que é que ele REALMENTE queria e porque raio é que ele me estava a cobrar algo sem sequer ter uma relação / compromisso comigo. Disse-lhe ainda que os comportamentos dele eram péssimos e infantis e que já era altura de parar de se comportar como um tóxico, egocêntrico que só sabe medir as distâncias que lhe convém (sim, porque ele disse que não podia fazer nada em relação a nós por causa da distância).

 

Então o Dubai é ali ao lado, não é? Been there, done that. Rematei o bate-boca que tivemos dizendo que ele não os tinha no sítio e a seguir removi-o dos meus seguidores e deixei de o seguir. Bolas. Que gasto de energia! Como é que uma pessoa pode ter os chacras alinhados? É impossível! 

 

Janeiro é um mês delicado. Há um ano atrás estava super apaixonada por aquele outro tipo que conheci numa app e por quem fiquei de beiça caída. É impossível não pensarmos na nossa vida há exactamente um ano atrás. De qualquer das formas, esforcei-me para aceitar as coisas como elas são e continuar com a minha vidinha, tal como ele continuou com a sua. Seguíamo-nos mutuamente nas redes sociais, mas ontem, reaparei que tinha menos um seguidor no insta e não sei porquê tive um feeling que era ele. Deixou de me seguir, mas não me removeu dos seguidores dele.

 

Eu sei que as redes sociais e as putas das apps valem o que valem, mas não posso dizer que não doeu. Há séculos que não chorava como chorei ontem. 5 minutos (também não foi assim um pranto). Estava desprevenida. Sabia que podia acontecer, mas gostava de pensar que ele me tinha num cantinho especial do seu coração. Tê-lo ali era como se isso fosse a última lembrança de uma história bonita que eu agora coloco em dúvida. Será que ele também olha para trás e pensa onde é que estava há um ano atrás? Estava comigo. Para me consolarem, as minhas amigas inventaram que ele deixou de me seguir porque não conseguia lidar com isso. Com a história que ficou assim meio entalada. Hummm. Deixou porque já lá vai e porque a vida segue e eu devia fazer exactamente o mesmo. Tenho quase 40 e a criança pareço eu.

 

Ele era fofo, bom de conversa, abraçava como ninguém, conjugava os verbos nos tempos certos e viu-me mais nua do que alguma vez alguém viu. Levantou-se-me depois uma dúvida. Deixo de o seguir também? Já não importa muito, pois não?

 

Hoje vim trabalhar forrada de preto numa espécie de luto. A minha ingenuidade morreu. Outra vez. Pela 873456ª vez. Não queria começar 2023 sem pendências? Ora aí está o universo a enviar-me um sinal óbvio. Mas opah, logo agora que eu estou a ficar boa como o milho, é que o caralho deixa de me seguir? Nunca é como a gente quer, não é verdade? Se há coisa que eu peço sempre ao destino é que se algum dia me voltar a cruzar com algum dos meus exs, que eu esteja no meu melhor... No fundo do meu ser, eu sei que vai acontecer no dia em que eu não tiver lavado o cabelo. Estou mesmo a ver.

 

Portanto, com toda a dor que é própria destas coisas, apraz-me dizer-vos que estou triste e que já não espero muito de nada. Contudo, acho que talvez tenha de tomar uma atitude face ao futuro. Porque é que sou sempre eu a deixar que sejam eles a escolher-me, a adicionar-me, a falarem? Porque é que não sou a dar esse passo? Serei capaz?

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D

Posts mais comentados

Em destaque no SAPO Blogs
pub