Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Sexo e a Periferia

Entre a Carrie Bradshaw e a Bridget Jones. Com muito menos glamour, é claro.

 

Ainda sobre o último post. Não quero voltar a justificar-me, mas estou surpreendida comigo própria. Um pouco para o incrédula. Acho que tenho tanta vontade de fazer diferente, que arrisquei. Um risco comedido e inofensivo como são quase todos os que eu decido correr. Não estou à espera de milagres (não é caso para isso) nem acredito que a "limpeza" me vá trazer o que eu preciso, mas acredito que está (mais do que) na altura de percorrer caminhos diferentes e experimentar coisas novas. Já vivi situações limite que me mostraram preto no branco como a vida é ténue. Uma lição dura e dificil que me ficou gravada na pele. Pensei que isso me iria mudar. Que o sofrimento me ia empurrar. Que tudo o que me tinha acontecido me iria revolucionar. Tudo em mim se dá devagar e agora eu quero correr um pouco mais depressa. 

 

Nos últimos meses, a minha vida tornou-se aborrecida. Não me estou a queixar. De momento, não tenho aflições maiores. Enfiei-me num avião 9 vezes. Vejam só! Eu - que o ano passado, com férias marcadas e viagens pagas não fui capaz de ir. Estou bastante bem. Bastante bem para poder arriscar mais. Se decidi ir à procura de algo para além do que o que tenho é porque obviamente me faz falta! Falta-me qualquer coisa a correr nas veias. Há muito tempo que fujo e não posso continuar a evitar tudo o que não controlo. Não posso continuar a viver uma vida longe de mim, sem me conhecer, sem me descobrir, sem pisar o risco, sem ultrapassar limites. Tem sido o exercício mais dificil da minha existência. E é tão estranho... Às vezes sinto que sou uma fraude. Tento dizer-me todos os dias que estou a viver a minha verdade, mas nem sempre é assim. A verdade que eu desejo nem sempre é aquela que pratico. Trabalho com pessoas. Parte do meu trabalho implica cuidá-las, ampará-las, tratar-lhes a auto-estima, recompô-las e incentivá-las a viverem sem complexos. O que é que eu faço a mim própria? Exactamente o contrário daquilo que apregoo. Canso-me a mim própria sem necessidade.

 

Não me lembro a última vez que fiz algo sem pensar muito. Todos nós sabemos como isso nós pode sair caro, assim como todos nós sabemos como isso nos pode fazer bem. Custa-me tanto fazer só por fazer ou fazer sem pensar... mas estou fartinha de pensar. Ser adulto é uma saia justa, ao menos quando uma pessoa é mais nova pode tentar resolver o assunto com uns copos, mas nem o estômago se quis forte, é uma tristeza. É tudo a sangue frio e a doer. Ou te aguentas. Ou te arrastas. Não quero fazer disto um post deprimente e existencialista, mas acho que ultimamente criei consciência de que posso ter sido a causa de alguma falta de oportunidade. E agora, confrontada com ela, continuo dividida entre o que é mais seguro fazer e o que me apetece verdadeiramente fazer. Eu sou a que fui a casa do rapaz e deixei o biquini no carro, quando ele disse para levá-lo se me apetecesse dar um mergulho. Eu disse-vos que não devia andar nas apps. Só me meto por caminhos apertados. Acho que eu só queria sentir-me aquela miúda que saía à noite para se divertir com as amigas sem pensar muito na vida. Porque isto é precisamente uma proposta para não se pensar muito nela. Porque é que as nossas vidas nos assustam tanto às vezes? 

Ghostbusters 1.jpg

Tomei uma decisão. Não, não se animem. Não foi aquela que é (realmente) precisa, ah ah ah. Decidi "limpar-me". Não me sinto suja, antes pelo contrário, sinto-me até muito pouco poluída. Não acredito de todo em medidas esotéricas, mas estou a ficar sem recursos. Enviei uma mensagem ao meu amigo que-vê-coisas-do-além e disse-lhe que queria avançar com a limpeza da aura ou lá o que é que ele lhe chama. Ele diz que eu tenho uma "amarração" feita por alguém - possivelmente a mãe do meu ex - e que isso me impede de progredir porque a energia que está gravada no meu suposto sistema energético é energia negativa e enquanto não dermos cabo dela, eu não consigo sair daí. Volto a repetir que não acredito de todo nessas coisas, mas a verdade é que o meu ex volta e meia falava nisso das mezinhas e se há alguma coisa que ainda me liga àquela família, eu quero quebrá-la asap. Não estou a tentar justificar a obscuridade da minha situação, estou ciente de que tudo se deve exclusivamente a mim e ao meu processo psicológico. Não é preciso a intervenção de terceiros, mas a verdade é que sinto que progredi imenso na minha vida e que - ao mesmo tempo - ainda estou amarrada a alguma coisa. Não custa nada "limpar-me". Mal não me há-de fazer. 

 

Sinto também que a última experiência sexual - o tipo que conheci há 2 anos nas apps - foi agridoce. Tinha a sensação que o espectacular da minha vida já tinha acontecido e esse rapazinho veio mostrar-me que não. Vivi super bem durante alguns meses, até que um belo dia descobri que ele tinha me deixado de seguir. Mais tarde bloqueou-me o acesso ao insta dele. Acho que uma parte de mim morreu um bocadinho nesse dia. Nunca pensei que voltaria a viver uma história bonita e de repente, não haver provas dela, foi uma sensação horrível. Foi como se tudo se tivesse evaporado. Fiquei honestamente triste e acho que em vez de seguir em frente, fiz aquilo que sempre se tornou mais seguro fazer: andei para trás. Saí das apps, carcomida, e agora voltei. Still carcomida. É por isso que acho que preciso desbloquear várias coisas, a vários níveis. No plano prático, claro. Chega de teoria.

 

O meu amigo, o terapeuta energético, também me disse, há uns meses atrás, que via muita tensão sexual a encaminhar-se na minha direcção. Ele deve vez em quando lê-me o tarot gratuitamente, na maioiria das vezes sem eu lhe pedir. Viu um homem a aproximar-se, alguém que me iria fazer uma proposta sobre a qual eu ponderaria muito. O que é que eu tenho andado a fazer? EXACTAMENTE ISSO. Sempre que falo com ele sinto-me bastante tranquila, ele é bastante apaziguador e calmante e tem acertado realmente em muitas das coisas que me diz. Não acho que seja um efeito placebo. Ele disse-me que a limpeza era de facto importante, mas que o resto eu acabaria por conseguir naturalmente, precisava apenas de CONFIAR mais em mim e ACREDITAR que sou uma mulher bonita, capaz de despertar o interesse sexual dos homens. Basta aceitar isso naturalmente. Tem-me sido dificil, obviamente. Sobretudo porque passei por transformações corporais enormes e porque dei um salto do fim dos vintes para o fim dos trintas sem ter gozado o que estava pelo meio. Estou quase com 40 a tentar viver o que não tive oportunidade e às vezes é um bocadinho dificil uma pessoa situar-se. Se eu continuar exactamente parada no mesmo sítio, vou ter 50 e não me posso dar ao luxo de não ter vivido o que quero muito viver. Porque quero um amor, uma paixão como toda a gente quer, mas quero também o sexo sem amor e sem paixão como toda a gente tem direito. E agora que ele pode ter aparecido - e entretanto desparecido - porque é que hei-de continuar a negá-lo? Será que eu não acho esse rapaz realmente interessante ou eu tenho medo e não sou capaz? Como eu queria MUITO da última vez e correu relativamente mal, (a queca), acho que tenho muito medo que corra mal outra vez. Não quero estar a pinar e o tipo perguntar-me onde é que estou com a cabeça ou o que é que se passa comigo. Quero estar lá. De corpo e se possível, com uma boa parte da alma.

 

Embora não ligue muito a essas coisas, gosto de pensar que às vezes o universo envia-nos alguns sinais. Todos precisamos deles. Quando enviei mensagem ao meu amigo a dizer que queria fazer a limpeza energética, fui subitamente iluminada por um raio de um sol. Estava um dia cinzento e nesse momento, entrou um raio de sol pela janela dentro, forte, brilhante, que ficou algum tempo a cegar-me de tal maneira que eu nem conseguia olhar para fora. Gosto de pensar que foram os planetas a dizerem: "até que enfim pah!" e não um aviso dos céus do tipo: "pára já!". Levei muito tempo a pensar se devia ou não fazer a limpeza. O meu amigo já me fala disso há imenso tempo e andei sempre a negá-la. Não me sinto propriamente muito mal, mas quero me sentir bem melhor. Acho que está na altura de arriscar mais nem que seja em cenas fora da caixa. Porque não na minha espiritualidade? Se calhar o que eu preciso é de acreditar mais um bocadinho. Porque não começar por aí? Comprei um perfume novo, cortei o cabelo, mudei o meu estilo de vestir, estou a tentar fazer coisas diferentes. Quando nos encontramos desconfortáveis nas tocas onde nos escondemos  começamos a procurar saídas e eu estou a tentar as minhas. 

hd-aspect-1486838369-hbz-fifty-shades.jpg

Este fim de ano está a ser exigente. Costumam ser todos. Sinto-me des-fa-le-ci-da. Não é que esteja a ser mau, porque no geral não está, mas ando triste com determinadas situações familiares e não consigo concentrar-me muito bem em nada. Não me sinto propriamente inspirada ou capaz. Ando descrente de uma forma generalizada. (quantas vezes vocês já não ouviram isto). Preciso de uma aventura para me sentir viva. Um tipo de aventura específico. Quero um fuck buddy. Acho que a idade dá-me esse direito. Tenho perseguido esse objectivo com mais dedicação agora que voltei às apps. Afinal é nas apps que eles estão. No entanto as apps não batem com o meu algoritmo e às vezes penso que sou só uma parva a fazer coisas estúpidas. Eu gosto de arder em fogo lento e as apps - assim como o resto das interacções actuais - parecem granadas. Ou é ou não é porque o mercado é grande e há sempre gente disponível para fazer o que nós não queremos. É bastante frustante.

 

Não consigo mover-me mais depressa. Embora eu não tenha perfil para manter um fuck buddy, começo realmente a sentir que o corpo pede e a cabeça precisa. É verdade. Sinto que agora que me aproximo dos 40 começo a ver o sexo do ponto de vista biológico. Parece-me mais cru, mais normal  também e sinto mais vontade de o fazer. Nem tudo pode ser mau. Esta coisa do sexo pelo sexo tornou-se uma meta pessoal. Quero divertir-me, tenho esse direito, assim como quero provar a mim mesma que sou capaz de voltar a fazer o que já fiz antes: ter sexo com alguém sem estar apaixonada por essa pessoa. (não costuma correr bem, mas... who cares?). É contraditório, eu sei. Prometi a mim própria nunca mais me envolver com ninguém sem gostar de. (mas acho que quando fiz essa promessa o que eu queria evitar eram relações insonsas perigosas). 

 

Digamos que apareceu alguém que poderia ser candidato a. PODERÍA. Futuro do pretérito. Aquele tempo indefinido em que a gente não sabe com que linhas se cose. Já nos encontrámos (na casa dele) e apesar da proposta estar em cima da mesa de uma forma muito clara e muito explícita, ele até foi bastante educado e cavalheiro, embora não se tenha coibido de dizer que se eu não estivesse interessada, ele passaria à frente. Um jogo que a mim me tira todo o tesão possível. Senhoras e senhores, nunca façam isso se não se quiserem f#der antes de serem f#didos. Ele é bonito, muito bonito, um Deus grego esculpido a dedo que pouco ou nada me diz. (que azar!). É mais novo (o que complica um pouco as coisas) e é de outra nacionalidade (o que também implica ajustes). Digamos que não é um homem quente como são os latinos. Sinto-me um pouco desconfortável dadas as circunstâncias, mas não deixo de estar um bocadinho interessada nas diferenças. O sexo para mim costuma ser uma consequência do envolvimento gradual entre duas pessoas e não um ajuste directo que é feito para dar jeito a ambas as partes. Eu até gostava de simplificar a minha vida e aproveitar o que as apps me estão a oferecer, mas não sei se consigo ultrapassar o fosso que existe entre nós. Consigo perceber que ele é um homem bonito (foi por isso que fiz like). Consigo sonhar com aqueles braços à minha volta e aquelas mãos no meu rabo, mas (ainda) não consigo pensar nisso o suficiente para não pensar no resto. Não sei se é porque estou neste estado meio vegetal ou se porque ele efectivamente não colabora. 

 

Ele acaba por se destacar num panorama onde não há muita gente, mas prevejo que desista muito em breve uma vez que foi logo anunciando que o faria caso eu não me chegasse à frente. Um mau principio que eu até perdoo em troca de bom sexo. O problema é que eu não quero mais uma decepção nesta altura do campeonato. E pelo perfil dele e a idade, fico meio desconfiada que aqueles músculos todos escondem um sexo pobrezinho e pouco nutrido. Ou então estou muito enganada (adoraria) e ele é um puro sangue escondido. Os homens mais novos não tem normalmente muitos recursos para utilizar a não ser o físico e é por isso que se ele já usou tudo o que tinha para me dar e eu não fiquei impressionada, ele não vai continuar a investir nisso quando isso resulta com a maioria. Se bem que eu desconfio que ele ainda vai tentar mais algumas vezes, antes de abandonar o barco de vez. Morri a rir quando ele disse - por mensagem, após o encontro - que apesar de parecer reservado e calado, no quarto era bastante activo. Como podem ver, estou a lidar com uma criança que ainda não aprendeu que os homens a sério não precisam de se gabar. É obviamente prematuro tirar conclusões precipitadas, mas eu já sou um pouco rata nestas andanças: será que ele vale a pena a queca que promete?

 

Às vezes apetece-me soltar a louca que há mim, chegar lá e mostrar-lhe como se faz, mas depois fico com receio - nem sei bem se de mim ou se dele. Ele pode estar habituado a cenas muito hardcore e eu não me aguentar. Sinto que preciso ultrapassar este trauma que tenho com o sexo e com o não conseguir disfrutar do sexo e com o não me considerar uma boa queca. Desde a última vez (há sensivelmente 2 anos) que esses pensamentos me toldam o juízo e já não são para a minha idade. Tenho de me deixar de merdas, caso contrário nunca mais farei sexo na vida e eu quero muito fazer.  A verdade é que o meu histórico sexual não é muito feliz. Perdi a virgindade com um tipo que conheci na faculdade. Nem ele nem eu sabíamos o que fazíamos (mas ele achava que sim e na altura eu não tinha termo de comparação). Umas poucas quecas a sangue frio, horrorosas e ficámos por aí porque ele não estava apaixonado. A seguir namorei um francês. O melhor namorado que tive e o pior na cama. (nunca foi fácil). Tentei conversar com ele várias vezes sobre a nossa famigerada vida sexual, mas para ele estava "tudo trés bien". Nada de perliminares, nada de sexo oral, nada de erecções prolongadas e viris. Depois dele houve a fase das quecas ocasionais sem amor que também não foram melhores até que chegámos a um tipo com quem havia uma química engraçada. O sexo com ele parecia sempre uma aula de cycling, suava imenso, ofegava como se tivesse a ficar sem pulmões e também não sabia nada de preliminares, mas havia qualquer coisa que me fazia querer estar sempre em cima dele. Os beijos encaixavam na perfeição, eram melosos e suculentos. E ele tinha a delicadeza de me abraçar depois de pinarmos, o que ajuda bastante a criar a intimidade necessária para a pessoa se sentir minimamente confortável. Não houve oportunidade de explorarmos mais porque não durou muito. Isto tudo na casa dos vintes.

 

Aparece então o meu ex. Não era um sexo fenomenal, mas era aquilo que - perante os restantes - me pareceu mais consistente e funcional. Muito mecânico, muito vocacionado para o prazer dele. Bastante fraco ao nível do sexo oral, mas eu também nunca fui de lhe fazer muitos agrados. Não havia de facto desejo nem paixão entre nós, eu sentia que era um dever ter sexo com ele. Em 3 anos de relação, devem ter existido 3 orgasmos. Depois dele, adoeci e refugiei-me em casa. Descobri os prazeres das masturbação e acho que me rendi um bocado a isso. O que acaba por ser muito normal depois do que vos descrevi. Ninguém conhece melhor os nossos corpos do que nós próprios. Há dois anos atrás, quando me envolvi com aquele tipo com quem tentei ir para a cama, foi a primeira vez que senti que estava realmente "a fazer amor" embora já ninguém use esta frase para descrever o acto em si. Não havia confiança suficiente para disfrutar disso, mas havia química, tesão e acima de tudo, verdade. O gajo chupuõu-me da cabeça aos pés e dormiu o resto da noite agarrado a mim como se eu fosse o último tigre da savana. É de uma pessoa ir às lágrimas meus amigos.

 

Agora vocês estão a perceber-me, não estão? 

maxresdefault.jpg

Well... sensivelmente um mês depois, continua tudo na mesma. So much panic, very little disco. Ontem no café, conversava com uma amiga sobre a merdice que é tentar encontrar um trabalho nos sítios mais pequenos mesmo que tenhas um honoris causa numa porcaria qualquer. Não é o meu caso, mas é o dela. De repente, aqui estamos nós, quase na meia idade, com bons currículos, a ver os putos que saíram da universidade há dois dias a entrarem pela porta grande de determinadas instituições por onde tu já passaste e não ficaste. Quando querias ficar e trabalhaste para isso. É de facto injusto. Sinto muito por ela. É uma dor de cabeça com a qual me solidarizo porque been there, done that até que decidi vender farturas para não me chatear (não são farturas, by the way, mas é parecido). Sinto o mesmo em relação aos homens. Tive problemas, desilusões severas, manias das quais me precisava desprender. Afastei-me das relações e das pessoas por um tempo indeterminado. Mergulhei de cabeça em mim mesma. Trabalhei muito internamente, melhorei-me bastante fisicamente e agora que me sinto bem (uma espécie de semi-usado bastante valorizado), continuo estacionada no stand.

 

E não me venham com as tretas do costume. É óbvio que eu sou feliz sozinha. Nunca disse que não era. Não a pensar cortar os pulsos. Antes eu nem tentava, portanto os resultados não me afligiam, mas agora eu até que tento e continua a não dar certo. Se falo com alguém numa festa ou num evento, essa pessoa tem uma certa tendência para fugir de mim ou evitar-me. Se adiciono através das redes sociais, por norma aceitam o pedido, seguem-me e depois excluem-me. What the fuck?!  Se convido alguém que conheci nas apps para tomarmos um copo, depois de terem eles próprios sugerido isso, cortam-se. Afinal, já tinham planos para o dia em que disseram que não tinham. Está tudo louco ou só parece? Eu não sou feia, eu não sou chata, eu não sou de se deitar fora. Soooo, começo a achar que o meu amigo que vê-cenas-do-além tem razão. Eu devo ter mesmo uma amarração. Inquebrável pelos vistos. Tenho tentando muito sair da minha zona de conforto, ultrapassar as minhas dificuldades de socialização e submetido-me a vários testes. Uma conversa agradável correspondida seria um prémio bem bom. Alguém que consiga alimentar a esperança de que isto vale a pena perto dos outros e não o contrário. 

 

Nos entretantos, ou seja mais ou menos em 30 dias, já instalei e desinstalei as apps várias vezes. Instalei com o propósito concreto de encontrar um estrangeiro - suspeito que das américas - com o qual já me cruzei várias vezes perto do meu local de trabalho. Ele sim, o viking original. Nunca o encontrei. Ontem ele estava no café e eu derrotada, não fiz nada. Nem sequer olhei. Estava sozinho. De conversa com os barmans. O outro, o último de quem vos falei, a versão viking do aliexpress, não passou de um flop. Como todos os outros. Só precisei de duas frases para perceber o erro que tinha cometido. "Detesto caramelo", foi a maior red flag dos últimos tempos. Se o universo tem alguma coisa para mim, eu começo a desconfiar que só me vai entregá-la quando eu estive no lar. 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D

Posts mais comentados

Em destaque no SAPO Blogs
pub