Ou como quem diz... o post de Fevereiro (que será tão negro quanto o rescaldo de um incêndio, aviso já). Duvido muito que este seja o meu ano. O Carnaval levou-me os últimos créditos extra que tinha acumulado. Sinto-me es-go-ta-da. Mais do que esgotada. Sinto-me defraudada. Tem sido muito duro lidar com o desencanto de uma série de expectativas falhadas (e vocês sabem que não têm sido poucas). Tão duro que acordei (muito) destemperada. Ter convivido estes dias com adolescentes (miúdas e miúdos na casa dos 24) também não ajudou nada! Foi uma espécie de abre olhos... quite creepy indeed! Não recomendo. Acho que me posso ter perdido algures entre ter estado muito tempo em cativeiro e ter conseguido escapar. O problema de se ter vedações muito altas durante muito tempo e querer baixá-las. Nunca sabemos quão baixo é aconselhável. Estava a pôr-me a jeito e à mercê de muita gente, gente que não interessa a ninguém. Fiz uma grande limpeza às minhas redes sociais e apaguei o Tinder. Não quero que haja hipótese alguma dos últimos meses se voltarem a repetir. Enough is enough. Estou farta de não me tratarem como gente. Só falta apagar umas fotos da galeria. Se não aconteceu para eles, também não aconteceu para mim.
Saí no Sábado com umas amigas (ainda só estamos em Fevereiro e eu já tive 3 ressacas dolorosíssimas este ano). Fomos a uma festinha de Carnaval típica da aldeia. Há sempre muita gente de fora que aproveita para vir fazer estragos longe de casa. O problema é que eu empolgo-me muito com esta festa, há todo um personagem sem limites que encarna em mim (e que é sobejamente patrocinado pela Super Bock). Não há nada de mau em empolgar-me, o problema é que eu não vivo propriamente numa grande cidade... mesmo disfarçada, é provavel que me tenham reconhecido. Eu beijei e beijei gostoso, várias vezes... um puto de 24 anos no meio de metade da cidade! EU. A própria. Ele tinha um sotaque do norte maravilhoso, uma voz que emprenha logo à primeira, uns olhos verdes do c#r@lho e foi ele que deu o primeiro passo. Meteu-se sem medo (e sem noção), mas só pela ousadia, mereceu os beijos todos que lhe dei em público. E ainda bem. Estava a precisar de conhecer alguém com -30 que soubesse usar a língua. Ele sabia, bem demais até. Assim como também sabia dizer o que uma mulher precisa de ouvir (mesmo sabendo que é mentira). Estávamos os dois bêbados, foi um chameguinho do momento, mas um chameguinho bom daqueles que faz cócegas em todo o lado. Trocámos instas num dia e ele excluiu-me no outro. Juro que não entendo isto. Paga-se mais IMI consoante o número de seguidores é? Se não aconteceu para ele, também não aconteceu para mim. Essa geração é um lixo.
Preciso de paz. Tenho 39. Adoro quando me dão menos de 30, mas não quero de todo ser confundida com alguém da geração dessa gente. Quero que respeitem a minha história e que acima de tudo não me usem para experiências laboratoriais. Estou extremamente cansada, sem vontade de nada e desacreditada de tudo. Acho que nunca nada de maravigrande vai acontecer na minha vida amorosa. Bye bye homem gostoso, musculado, apaixonado por mim, com casa própria e conversa boa. Você foi um sonho, mas não estou podendo sonhar mais com você. Closed for maintenance.