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O Sexo e a Periferia

Entre a Carrie Bradshaw e a Bridget Jones. Com muito menos glamour, é claro.

Cá estamos nós em Agosto - oitavo mês do ano - e a pessoa teve pr'aí uns três dias de glória, se tanto (e a probabilidade de algum deles ter sido sob o efeito do álcool é grande, portanto nem vale). Continuo com o mesmo mood anterior e provavelmente com mais um ou dois quilos. O que é que isso importa para uma rebelde como eu que foi expulsa das consultas de nutrição asseguradas pelo sistema nacional de saúde? Na-da.

 

O meu "amigo" voltou a estabelecer contacto. Na verdade, nunca deixou de. Desaparece, reaparece, desaparece. Não foi um contacto feliz. Ele tem uma "namorada" nova. Era suposto estar quietinho, não? Lembrou-se de me enviar mensagens durante uma viagem de trabalho. Tipico. Sai debaixo da asa dela, faz o quê? Actualiza a lista de contactos. Não devo ter sido a única. Conversa p´raqui, conversa p´rali, pergunta: "tens saudades minhas?". Tenho, mas não podia responder que sim. Até porque as saudades que tenho são de abraço e de pêlo, de mais não podem ser. Tentei ser pedagógica como sou sempre, "se pensares um bocadinho, sabes a resposta". Soou um pouco a educadora do jardim de infância, mas a criatura tem 25 anos. "Eu sei que é não, e faz sentido, e é normal". Então porque é que perguntaste caralho?! Expliquei-lhe que a vida seguiu - já lá vão 6 meses - sublinhei que ele também fez as suas escolhas (aparentemente porque ele não escolhe, ele encosta-se onde puder). Depois veio o discurso da vítima (óbvio!) e o elogio da minha pessoa, duas estretégias muito usadas por pessoas manipuladoras. Esta manobra de diversão foi a ginga em cima do bolo. Desatei num pranto como há muito não me acontecia. Senti-me tão impotente que só restou desafogar-me sentada na secretária do trabalho a olhar para o ecrã do telemóvel. Só chorei duas vezes neste trabalho, curiosamente das duas vezes a razão foram homens. Respirei fundo e expliquei-lhe o que se tinha passado. Senti que o devia fazer, então fiz. Correu bem? Não. Claro que não. 

 

Disse-lhe que achava que ele era boa pessoa (continuo a achar isso, na sua génese, é), que estava a gostar de conhecê-lo e que me tinha trazido sensações boas e intensas, mas que me tinha sentido um usada por ele (sexualmente falando) e isso tinha-me deixado desconfortável. Confrontar um manipulador com a verdade dos factos nunca é boa ideia, muito menos quando pomos em causa o sistema que eles estão habituados a utilizar. Disse-me que me queria ligar. Ligou? Não. Disse que queria ser meu amigo? Esforça-se por sê-lo? Não. Disse que eu não tinha percebido que ele estava a gostar de mim de verdade e que queria que a nossa relação se desenvolvesse, mas eu não deixei. Claro. De quem é sempre a culpa? De quem nunca a tem. Expliquei-lhe também - com mão firme - que não devíamos ser amigos nem nos aproximarmos. Desejou-me felicidades. Disse que eu era das melhores pessoas que alguma vez tinha conhecido. Que merecia encontrar alguém que me fizesse realmente feliz e que sabia que eu ia encontrar (acredita mais ele do que eu). E... restringiu-me. Claro, as pessoas inconvenientes devem restringidas. Pancada até ao fim. Como é que não hei-de estar exausta? A parte positiva é que ao contrário da minha dieta, este jejum eu tenho conseguido manter. Que pessoinha do caralhinho! Porque é que as boas rolas vêem sempre com os piores donos? 

 

Ando respondona, chata, não consigo divertir-me nem entusiasmar-me com nada e acho que está todo o mundo mais ou menos assim. Toda a gente me irrita. MUITO. Mesmo, muito. Tenho um contactinho novo. Na verdade, ele ainda não se dignou a dirigir-me palavra, mas amigamo-nos através das redes sociais. Fui eu que tomei a iniciativa de adicioná-lo no facebook (pareceu-me menos óbvio) e ele depois enviou convite no instagram. Faço likes nas fotos dele com o cão assim ele não sabe se é por causa dele ou do animal. Ele nunca reagiu a nada. É mais velho, mas mais novo, lol. Tem 37, um trabalho estável, hobbies interessantes, uma moto e cães. Consta que está solteiro há bués, mas se for pr'a ficar especado a assistir aos stories sem fazer nada, o comboio vai andar e depressa. Se eu quisesse audiências, tinha concorrido ao Big Brother.

 

Não existem grandes novidades por aqui. Silly season as usual. Sinto que já repeti isto 1000 vezes, mas... ESTOU CANSADA. Fiz análises e está tudo bem. Nem uma hormonazinha malandra para poder culpar. É cansaço existencial. Está-me a ser dificil existir, não sei se já vos aconteceu. Não estou profundamente deprimida - já estive, por isso tenho termo de comparação - mas tenho a sensação de que todos os dias são iguais e embora não sejam maus, custa-me muito fazer tudo o que fazia antes sem queixar-me. Dizem-me que me habitue, que é assim mesmo. Às vezes sinto que isso só me acontece a mim. ESTOU DECEPCIONADA. Dou tanto, esforço-me tanto, trato os que me são próximos com respeito e carinho e quando chega a vez de retribuírem, a moeda é outra. CANSEI. Que se f#dam. ESTOU IRRITADA. Acho que ninguém tem noção das experiências pelas quais tenho passado. Tudo bem que fui eu que me meti nelas, mas aconteceu-me um pouco de tudo no último ano... e não foram coisas bonitas. ESTOU MUITO POUCO SOCIÁVEL E MAIS GORDA 2KGS. Devia estar a viver um amor de Verão com um italiano qualquer, mas não. Estou sentada no trabalho a convencer-me que tenho de ir ao ginásio quando sair. 

 

A síntese da minha vida pode muito bem ser explicada pela relação que mantive até à semana passada com a minha nutricionista. Há mais de 3 anos que estava a ser seguida no Centro de Saúde por recomendação do médico de família. O primeiro ano fui acompanhada por uma estagiária: querida, atenciosa, positiva. Perdi 28 quilos dos 40 que tinha engordado. Nunca fui de seguir as coisas à risca. Sou disciplinada, mas não sou extremista. A alimentação é a parte mais dificil de controlar. Ando há mais de 2 anos a tentar baixar dos 80. Consegui uma única vez e por 200 gramas. Não valeu! É claro que à medida que vamos tendo menos peso para perder, mas dificil se torna perdê-lo. Quando a estagiária se foi, passei a ter consultas com a nutricionista-mor. Tornou-se uma penitência ter que ir lá ouvi-la. Toda ela me irritava. Maternalista, antiquada, dessinteressante. Cada vez que eu falava em proteína, creatina, suplementação, treino de força, ela torcia o nariz. Nos últimos meses começou com umas boquinhas pouco engraçadas "se vens cá só para te pesar, não vale a pena". Na última consulta perguntou-me como me andava a comportar e eu respondi "ando a treinar menos e a fazer escolhas alimentares erradas". Disse a verdade como digo sempre. Começou a dar-me uma lição de moral - de uma pessoa com a minha idade para uma pessoa com a minha idade - e aquilo começou a fazer-me curto circuito na cabeça. Atirei sem aviso que "ir às consultas também não acrescentava nada de novo na minha vida nem me ajudava assim tanto". Acalmou-se quando percebeu que eu tinha mandado a banda parar de tocar. ODEIO GENTE PARVA. ODEIO MUITO. A mesma pessoa que criticou a toma de proteína e creatina, recomendou-me snifar óleos essenciais para reduzir o apetite. A mesma pessoa que no fim da consulta disse "estamos sempre cá quando quiseres te vir pesar". Eu não devo ter sido a primeira paciente a engordar, menos. Que o sistema de saúde não tenha capacidade para ajudar mais pessoas, eu até compreendo, agora que pessoas destas achem que fazem um bom trabalho e ajudam muita gente, por favor. 

 

Eu já passei por tanto, não é uma tia que sempre foi magra que me vai fazer sentir pior porque engordei 2 quilos e fui excluída das consultas. Foi livramento definitivamente. Estou descrente nas pessoas por causa deste tipo de situações. Pela falta de empatia que existe. Pela consideração que já ninguém tem. Pelas amigas que me convidam para sair de casa e me abandonam a meio da noite para irem ter com 'amigos'. Pelas que me convidam para sair de casa porque "precisamos falar", mas não me perguntam como estou. Pelas primas a quem ofereço uma coisa só porque me apeteceu e nem uma mensagem de volta a agradecer. C#ralho. O que é que se passa com o mundo? Outro dia deixei escapulir que estava com saudades do meu amigo. O do post anterior. Não deixei escapulir. Assumi-o. Disse-lhe que tinha saudades dos abraços dele. Foi a comunicação óbvia de um estádio de carência supremo. Ele reagiu bem e disse "olha que eu dou". Evaporei-me da conversa a seguir. Os abraços não se pedem. Mais baixo que isso não sei. Afastei-me e estou a resistir. Desde Março que nunca mais nos envolvemos. Se tiver que descer os standards outra vez, é muita burocracia para procurar alguém novo. Não me apetece nem uma coisa nem outra. Apetece-me hibernar mas isso também não é possível. Se o peso de mundo ainda só me pesa dois quilos está muito bom!

Descobri recentemente - enquanto via O Bebé de Bridget Jones - que sou uma SILF (single I would f#ck). Traduzido dá mais ou menos uma coisa deste género: 'alguém de não se deitar fora'. Passei os últimos anos dos 30 a debater-me com essa ideia e a tentar convencer-me de que era uma mulher bastante apetecível. Não foi só - mas também - porque voltei a ter sexo que me voltei a sentir de novo apetecível. Quem vos disser que não se sente meio que empoderada depois de ir para a cama com um puto de 25, está a mentir-vos. Todos gostamos de uma dose de poder. Sinto-me (mais) apetecível por me sinto (mais) segura. E sinto-me mais segura porque sei o que tenho para oferecer e o que tenho para oferecer vale muito mais do que um corpo. Estou mais consciente do que sou e do que mereço... mas isso não quer dizer que eu não cometa, de vez em quando, um crime contra mim própria! O mercado está um lodo, é normal que às vezes - mas só às vezes - a gente precise de uma, duas, três, oito cervejas para o ver com melhor cara.

 

Relacionei-me com gente muito jovem nos últimos meses. Fiquei com a sensação de que estava no meio de um pântano. Essa nova geração tem o efeito que eu gostava que o meu metabolismo tivesse. Esgotam-me as reservas todas. E não falo do puto com quem me envolvi. Falo de amigas, conhecidas e amigas das amigas e das conhecidas. Gente que ainda está preocupada com o que é que nasceu primeiro: o ovo ou a galinha. Cheguei a um ponto que não dava mais. Comecei a cortar mensagens, telefonemas e saídas à noite. Depois do meu aniversário, comprei uma viagem e fui. Sozinha. Encontrei-me no destino com um amigo meu. Um bom amigo. Descansei, recuperei, enchi a barriga e alma com tudo aquilo de que precisava e apercebi-me de que há pessoas que nos sugam a energia e não a devolvem, outras que não a tiram nem a repõem e umas poucas - as que nos fazem mais falta - que nos recarregam-na. O segredo é escolher bem o tempo que passamos com quem. Regressei energizada e inspirada. Sinto-me com (mais) fé. Outra vez. Em quê, não sei. No amor, não. No bem, talvez. No não nos fodermos uns aos outros.

 

Afastei-me do puto. Foi natural. Acabou por acontecer. A minha libido caiu drasticamente. O esforço é o maior afrodisíaco de qualquer relação e quando não há, não há. Ele continua a enviar mensagens. Ocasionalmente. Nada - obviamente - consistente. Oferece-se sempre a preço de custo. Uma vantagem da idade que uma pessoa não pode desperdiçar. Tratei-o muito bem. Sei que ele vai lembrar-se sempre disso, mas também sei que ele não me vai dar o que eu quero. Não pode. E não tem culpa disso. Levo 15 de avanço. E fui eu que me meti com ele. É o que é. Vou respondendo, vou rindo, vou brincando. Perdi o interesse, mas sei que tenho ali uma queca gratuita quando quiser. De resto, não me sinto minimamente atraída por ninguém, só me sinto mesmo cansada. Nem sequer tenho pensado nisso. É tudo sobre energia e neste momento estou em modo poupança.

Coisas que eu não devia ter feito desde a última vez que escrevi: aceite o pedido de amizade do rapazinho que levei para casa embriagada. Coisas que eu devia ter feito: continuado a ignorar as mensagens dele. Coisas que eu fiz: sexo, sexo, sexo! Coisas que me arrependo de ter feito: TUDO! (bom, o sexo não posso dizer que não foi bom). Daqui a poucos dias faço 40 e encerro os 30 com este capítulo misericordioso! Se o universo me continuar a tratar assim, não sei como é que vou chegar aos 41! Não sei mesmo, juro!

 

A criatura que eu conheci é possivelmente casada (e eu sabia disso quando o levei para casa, sabia, mas não estava em condições de reagir em consonância com os factos). Está "supostamente" a meio do processo de divórcio - diz ele - sendo que a ex-mulher-ainda-mulher é mais velha do que ele (mas não tão velha quanto eu). Digamos que ele está na base da pirâmide, ela no patamar seguinte e eu acima, no topo da cadeia. Foi pai há 3 meses. Exacto. Tem uma cria de 3 meses (que diz que visita todos os dias). E esteve casado uns 7 meses tendo a relação no total durado 2 anos (se é que está realmente terminada). Perdeu a mãe aos 14 e entretanto viveu em instituições. Ele e os irmãos (que são uns duzentos mais ou menos). Começámos bem. Partilhámos medos e dores, tanto ele, quanto eu e um pouco das nossas histórias (que não são de todo fáceis de partilhar). Criámos uma intimidade estranha em pouco tempo, mas aparentemente saudável e segura. Sentia-me confortável com ele e sentia-o presente, disponível, interessado. A nossa energia batia. Entre lençóis e fora deles. Senti-me, de repente, 20 anos mais nova (é este tipo de droga que nos pode lixar para sempre). Tentei não julgá-lo muito e entreguei-me ao processo (mas de vez em quando perguntava-me "o que é que tu estás a fazer com a tua vida?!"). Ele tem tudo aquilo que sempre foi decisivo para mim, para seleccionar pessoas. Desta vez, não o fiz. Se calhar porque como nunca tive grandes resultados, arrisquei ir por um caminho diferente. Embora as coisas estivessem a fugir-me um bocadinho do controlo, havia nele uma coisa que me prendia: pureza. Achava-o muito inocente, alguém bonito, machucado, mas com o coração no lugar certo. De repente, caiu um meteorito no paraíso.

 

Ele viajou em trabalho e durante os dias em que esteve fora revelou-se alguém demasiado carente, chato e manipulador (não são todos hoje em dia?). Perguntava-me todo o santo dia - de 5 em 5 minutos - se eu tinha saudades dele fazendo com que eu me sentisse quase obrigada a dizer uma coisa que eu, na verdade, não sentia. Chegou ao cúmulo de, após uma videochamada, me enviar uma mensagem a dizer "eu sei que não estavas sozinha". Alto e pára o baile! O histórico dele é mau, mas um comportamento assim é ainda pior! Deixei de lhe responder. Não dou a minima possibilidade a comportamentos deste tipo. Ligou-me várias vezes, fez um drama daqueles, pediu perdão, disse que se ia emendar e perguntou se podíamos continuar a falar porque se sentia muito bem ao meu lado. E disse que só me pedia uma coisa: que no dia em que eu não quisesse saber mais dele que por favor lhe dissesse e não o enganasse. Este episódio impactou-me muito. O meu ex era manipulador. Prometi a mim própria que não tolerava mais nenhum. O meu entusiasmo foi esfriando de tal forma que eu não consegui disfarçar mais. Voltámos a conversar e eu disse-lhe que não estava interessada em continuar envolvida numa "situationship" deste tipo. Diagnostiquei-lhe um monte de  patologias, apontei-lhe um monte de defeitos e disse-lhe que tinha sido apenas uma aventura, que amanhã já nenhum de nós se lembraria dela. Ele disse então que se ia afastar. Muito ferido, dizia-se ele, postou uma foto no face com uma frase de fazer chorar os cactos do deserto. Um drama, outra vez. Tudo nele era intensidade a mais. Comecei a recuar, fiquei angustiada e em alerta, mas senti que podia ter sido dura mais. Quando os nossos triggers são accionados temos tendência a reagir ao ataque com a artilharia toda que temos. Voltei ao contacto e estivemos juntos novamente. Porém, agora, sentia tudo diferente. Menos disponível, menos conversador, menos presente como se fosse um corpo sem alma e eu confesso que estava a gostar das duas coisas.

 

Questionei-o e ele disse que estava tudo bem, que não se tinha distanciado, que estava apenas com muito trabalho, mas que queria continuar como nós estávamos. É óbvio que as coisas não estão bem, mas ele não quer falar disso. E não querendo falar disso, eu também não quero. A última vez que estivemos juntos, convidei-o para jantar e acabámos enrolados no carro. Senti-me um bocadinho usada, como se ele agora só me utilizasse por me utilizar, vocês entendem. Por muito que eu desejasse viver o que não vivi aos 20s nem aos 30s, acabei por compreender que o meu lugar aos 40s não é no carro de ninguém. Muito menos de um puto de 25 anos. Ele voltou a viajar em trabalho. Tem-me enviado mensagens. Não lhe tenho respondido. Pelo que vi na barra de notificações, a última dizia "Já entendi". Umas vezes penso que ele é extremamente sensível e inteligente, outras acho que ele é a ponta de um iceberg sem fundo. O que é certo é que não me sinto segura a andar nesta montanha russa onde eu entrei porque quis, mea culpa. Todas as minhas escolhas têm sido péssimas. Pergunto-me eu se necessárias? Foi sem dúvida o sexo mais fogoso da minha vida, não posso nem chegar perto dele que receio cair em tentação. Em troca disso, baixei um pouco as barreiras de protecção, consenti coisas que nunca tinha consentido na vida e provoquei uma fuga no meu próprio sistema de valores. Estou confusa. Não morri, não me falta um braço, nem uma perna, mas sinto-me estranha. Tenho dormido mal. E voltei a sentir ansiedade. Tudo coisas que eu não quero sentir e que já não sentia há imenso tempo. Posso me ter iludido um pouco e é por isso que não estou bem comigo. Como é que me deixei levar?

 

A verdade é que ele não tem nada para me dar. Gente, nem uma TV ele consegue comprar porque o crédito não é aprovado. Por muito que eu estivesse a precisar de sexo, o que eu realmente quero é alguém que divida os Domingos comigo. Alguém que preencha o vazio da minha vida, me mostre coisas que eu não conheço e que essas coisas não sejam becos escuros onde se vai para se dar uma. Achei honestamente que, mais uma vez, ele podia surpreender, mas não. (como é que é possível que eu ainda tenha esperança?) Assim como eu achei que eu podia ser alguém desse tipo, mas não. Foi só mais uma aventura dolorosa de processar e assimilar. O universo tem-me dado realmente aquilo que eu tenho pedido, talvez para me mostrar que estou completamente errada. 

O post de Março pós legislativas. Nem sei bem como dizer isto... A frio - e para quem não segue o blogue - soa um bocado mal, mas cá vai: fui para a cama com uma pessoa de 25 anos. (em minha defesa, ele parecia rapaz para 30s e pico grandes). É um pormenor, se calhar um bocadinho desnecessário, mas se é para destruir a imagem que vocês têm de mim, que seja de uma vez: fui para a cama com ele três vezes. NA MESMA MADRUGADA. (era um jejum de dois anos gente, merecia). Como é que me sinto? Um pouco dorida. A grande novidade é que desta vez não foi um forasteiro e eu não sei se isso é bom ou mau. A criatura vive cá, na minha zona, mas eu nunca o tinha visto (embora ele conste do meu histórico de pesquisas no facebook). Confesso que entrei um bocadinho em pânico quando abri o olho de manhã e me dei conta do que tinha acabado de fazer - todo um inédito a vários níveis agravado por uma sobrancelha entrecortada a meio (facto que eu não tinha reparado antes). Digamos que esta parte da minha vida pode muito bem ser aquela em que eu me relaciono com pessoas perfil Casa dos Segredos. A parte importante: pouca gente testemunhou o acontecimento (acho eu). Abordei-o na pista de dança depois de uma troca de olhares, ele sugeriu conversarmos na esplanada do bar e o resto vocês já sabem. Vocês e os meus vizinhos.

 

Se estiverem interessados na parte funcional do episódio, posso adiantar que a criatura se portou muito bem e cumpriu com os mínimos todos, mas... quando a minha alma começou a voltar ao corpo, senti-me a perder o interesse na coisa. Sexo por sexo não é a minha cena. Definitivamente. Fi-lo porquê então? Primeiro porque estava alcoolizada, segundo porque o tinha definido como se de um objectivo se tratasse. Não é um objectivo tão nobre como subir o Kilimanjaro, mas é o equivalente e também (me) custa horrores. Estou a viver a vidinha de cougar que supus que seria divertida... mas o vazio continua lá. O sexo pode até acalmar o corpo, mas não acalma a alma. Andei enganada este tempo todo. A pessoa vai-se tentando divertir aqui e ali - sempre no off - até aparecer alguém com quem não queremos andar escondidas. Disse-lhe que me importava um caracol o que ele pudesse pensar de mim, mas que não tinha o hábito de sair, beber e trazer gente para casa. Ele disse que também não. Convidou-me para tomar o pequeno almoço e eu recusei. Disse-lhe que não queria esse tipo de "negócios". Ele disse que compreendia e que respeitava, mas à noite enviou-me uma mensagem. Não lhe respondi nem o vou fazer. Nunca me tinha sentido tão homem na vida. 

 

Acho que posso dar por concluída esta etapa da Grande Tour de France: envolver-me com alguém sem estar apaixonada, check! (que merda de objectivos defini para os últimos meses dos trintas!). A verdade é que tenho conseguido mais ou menos concretizar o plano, agora o plano é altamente duvidoso. Continuo a ver horas iguais todos os dias, várias vezes ao dia... Se isso significa que estou realmente no caminho certo, valha-nos Deus Nosso Senhor! Continuo muito impactada pelo militar, mas já consegui apagar as fotos dele do telemóvel. Acho que sonhei demasiado com a ideia do cavaleiro andante que chegava de longe e me resgatava de uma vida aborrecida. Nope. O que é facto é que depois dele, tenho me virado do avesso. Talvez ele tenha vindo para me lapidar, embora uma parte de mim gostasse que isso incluísse um anel no dedo. Silly girl!

 

Quando a vida acontece de formas que rompem com o padrão, a gente entra um bocadinho em pânico. Quem sou eu? O que é que ando a fazer? Porque raio é que estou a fazer coisas que disse que nunca faria? Porque é que estou a quebrar regras que sempre foram ouro para mim? Porque se calhar estou farta de fazer sempre tudo da mesma forma. Que vergonha, tens quase 40. Culpo-me, mas também acho legítimo que possa desfrutar de uma parte da minha vida que sinto que não vivi. É uma espécie de segunda adolescência. Não acredito que me possa trazer grandes revelações, mas não vou deixar de experimentar. Quanto ao amor, não vale a pena procurá-lo. É ele que nos encontra. Quando quer, da forma que quer. A única coisa que me resta é continuar a sonhar com ele nos dias em que for capaz. 

Ou como quem diz... o post de Fevereiro (que será tão negro quanto o rescaldo de um incêndio, aviso já). Duvido muito que este seja o meu ano. O Carnaval levou-me os últimos créditos extra que tinha acumulado. Sinto-me es-go-ta-da. Mais do que esgotada. Sinto-me defraudada. Tem sido muito duro lidar com o desencanto de uma série de expectativas falhadas (e vocês sabem que não têm sido poucas). Tão duro que acordei (muito) destemperada. Ter convivido estes dias com adolescentes (miúdas e miúdos na casa dos 24) também não ajudou nada! Foi uma espécie de abre olhos... quite creepy indeed! Não recomendo. Acho que me posso ter perdido algures entre ter estado muito tempo em cativeiro e ter conseguido escapar. O problema de se ter vedações muito altas durante muito tempo e querer baixá-las. Nunca sabemos quão baixo é aconselhável. Estava a pôr-me a jeito e à mercê de muita gente, gente que não interessa a ninguém. Fiz uma grande limpeza às minhas redes sociais e apaguei o Tinder. Não quero que haja hipótese alguma dos últimos meses se voltarem a repetir. Enough is enough. Estou farta de não me tratarem como gente. Só falta apagar umas fotos da galeria. Se não aconteceu para eles, também não aconteceu para mim. 

 

Saí no Sábado com umas amigas (ainda só estamos em Fevereiro e eu já tive 3 ressacas dolorosíssimas este ano). Fomos a uma festinha de Carnaval típica da aldeia. Há sempre muita gente de fora que aproveita para vir fazer estragos longe de casa. O problema é que eu empolgo-me muito com esta festa, há todo um personagem sem limites que encarna em mim (e que é sobejamente patrocinado pela Super Bock). Não há nada de mau em empolgar-me, o problema é que eu não vivo propriamente numa grande cidade... mesmo disfarçada, é provavel que me tenham reconhecido. Eu beijei e beijei gostoso, várias vezes... um puto de 24 anos no meio de metade da cidade! EU. A própria. Ele tinha um sotaque do norte maravilhoso, uma voz que emprenha logo à primeira, uns olhos verdes do c#r@lho e foi ele que deu o primeiro passo. Meteu-se sem medo (e sem noção), mas só pela ousadia, mereceu os beijos todos que lhe dei em público. E ainda bem. Estava a precisar de conhecer alguém com -30 que soubesse usar a língua. Ele sabia, bem demais até. Assim como também sabia dizer o que uma mulher precisa de ouvir (mesmo sabendo que é mentira). Estávamos os dois bêbados, foi um chameguinho do momento, mas um chameguinho bom daqueles que faz cócegas em todo o lado. Trocámos instas num dia e ele excluiu-me no outro. Juro que não entendo isto. Paga-se mais IMI consoante o número de seguidores é? Se não aconteceu para ele, também não aconteceu para mim. Essa geração é um lixo. 

 

Preciso de paz. Tenho 39. Adoro quando me dão menos de 30, mas não quero de todo ser confundida com alguém da geração dessa gente. Quero que respeitem a minha história e que acima de tudo não me usem para experiências laboratoriais. Estou extremamente cansada, sem vontade de nada e desacreditada de tudo. Acho que nunca nada de maravigrande vai acontecer na minha vida amorosa. Bye bye homem gostoso, musculado, apaixonado por mim, com casa própria e conversa boa. Você foi um sonho, mas não estou podendo sonhar mais com você. Closed for maintenance.

 

Voltei. Antes do previsto. Sabem porquê? Porque na realidade não me apetece fazer nenhum, então vim para aqui procrastinar e desmoer umas coisitas. Tenho trabalho que devia adiantar, mas... estive a semana toda com a cabeça enfiada nisso. À sexta não vale. Era isto ou encher shopping bags online. Encher não custa, certo? O perigo é que eu estou numa fase de me permitir muito... Assim de repente, não soa nada mal. Pena que não ande a calhar a permissão que a gente queria. Serei uma ganda chata se vier falar do mesmo outra vez? Já estão todos fartos da mesma história e do mesmo gajo, certo? Eu estou - bastante - mas não consigo fazer nada a respeito. Estou naquele fase da incredulidade. Como é que foi possível? Tenho aproveitado para descontar tudo no ginásio e tem dado frutos. Infelizmente, nada de proveito. Que fenómeno raro é este? Quanto mais gostosa, mais desperdiçada.

 

Tenho-me notado mais enfurecida. Enfurecida na direcção do eufórica. Tenho urgência em tudo. Quero tudo. Exijo tudo. Talvez não seja uma mudança para pior, digo. Sabem quando vocês tentam uma coisa pela 39ª vez, ela não sucede e ficam com vontade de dar um murro na mesa e mandar as cartas ao chão? É assim que eu me sinto. Hoje fiz um teste. Story com foto caliente no insta. (se algum dia precisarem de ressuscitar contactos é assim que conseguem). Foguinhos, muitos de gente que não fala comigo há anos. "Aperta contigo" atira um contacto das apps. O do vinho. Já falei dele aqui (deixei de lhe responder às mensagens quando me enviou uma foto da pila dentro dos calções). A foto não me chocou, os términos com que me (des)tratou sim, "sua c@r#lh€". Resposta: "apertar querias tu e não podes". Aguenta-te tu agora. É este o espírito, tão a ver? Sempre por cima da vida (já que não podemos estar por debaixo de determinadas coisas). 

 

Continuo a ver horas iguais. Tem-me acontecido constantemente. Supostamente um sinal - diz a bilbiografia consultada - de que estou completamente alinhada com o universo. É o meu ano, garantem os hóroscopos. Continuo a não perceber porque é que os horóscopos me enviaram o Mr. Grey do Aliexpress, mas recuso-me a perguntar ao meu amigo que lê o tarot (o que me ficou com o dinheiro e nunca me "limpou"). Uma pessoa levou tanto tempo a tomar coragem para dar uma queca e vai-se a ver e não era bem isso. O que é/foi nem eu sei bem. Uma história bizarra que continua acesa na minha cabeça. É um puzzle complexo e eu sou doidinha por resolver charadas. Quando olho para trás vejo muita coisa que ignorei propositadamente em prol de dar uma alegria ao corpo, mas há peças que não consigo encaixam (é sempre a mim que me calham as coisas estranhas?).

Uma cronologia dos factos identificada com várias bandeiras vermelhas (pode ser que sirva a alguém que esteja a precisar):

Antes do desastre:

- Presença nas apps: as fotos eram giras - claro! - ele a fazer várias coisas muito high end, nada assim pobrezinho. Cheguei a duvidar se seriam verdadeiras ou não... aquele tipo de giro que uma pessoa pensa logo, "too good to be true". Até o cão é de marca! E um dos grandes problemas da vida dele era a mala de viagem com a roupa dele ainda não ter chegado.

- Primeira grande red flag: não ter foto nem nome no whatsapp. O que é que a criatura quer esconder? (consigo enumerar umas quantas coisas, ah ah ah). Todas as fotos trocadas eram enviadas em modo visualização única e ele nunca me pediu o meu contacto nas redes sociais. Num curto espaço de tempo teve uma foto de uma paisagem, uma foto de perfil onde não se via a cara, uma foto de moto até chegar a um fundo negro. Com certeza altera as fotos consoante o objectivo: apalpar terreno - dissimular - impressionar - resumir-se à sua insignificância.

- Segunda grande red flag: o tipo de discurso sempre centrado no eu: "se não me quiseres é só dizer", "não sirvo para mais nada senão para conversar?", "o que podias estar a fazer comigo agora e não aproveitas". Havia sempre um cheirinho a chantagem, chantagem essa cuja moeda de troca era sempre o corpo, a imagem e o Deus grego que ele acha que é.

- Terceira grande red flag: o convite para um primeiro date na casa dele. Não é que isso me assuste muito, mas recomendo que não o façam. Moro num sítio pequeno e atendendo ao posto que ele aonde ele trabalha, não ia tentar nada que o deixasse mal ou lhe trouxesse problemas. Tentei convidá-lo para sair e ele recusou. Inclusive no dia do date, sugeri que fossemos fazer uma caminhada e ele convidou-me para ver uma série. Acho que um convite desses hoje é em dia é sinónimo daquilo que a gente já sabe.

- Quarta grande red flag: no dia do encontro, à noite, as conversas da treta começaram. Foi aí que ele anunciou que no quarto era muito excêntrico e criativo (desconfio sempre muito de gente que se gaba). Tive direito a foto em tronco nu, deitado na cama. Conste-se que existiram muitas fotos do tronco, mas nunca do respectivo instrumento e isso por si só - olhando agora para toda a história - é uma enorme bandeira. 

- Quinta grande red flag: depois do encontro e de termos trocado algumas mensagens, houve um dia que não lhe respondi na hora, só mais tarde, justificando-me que não o estava a ignorar de propósito, tinha tido apenas um dia complicado. Ele não disse absolutamente nada durante vários dias. Nem sequer perguntou que merda me tinha acontecido. Era aqui - neste exacto momento - que eu devia ter seguido a minha vidinha.

Portanto a esta altura do campeonato já eu tinha percebido que espremido ele não valia nada. Não me dava segurança para avançar e muito menos tesão, sim porque os preliminares começam muito antes de levarmos alguém para a cama. O facto de olhar para um monumento daqueles e não sentir nada, intigrava-me. O pior é que eu tinha enfiado na casa que tinha de ter sexo com alguém sem estar envolvida emocionalmente com essa pessoa e estava disposta a levar essa missão adiante.

 

O desastre propriamente dito:

Fiz-me de tontinha e voltei a falar com ele, a rondá-lo. Ele nunca me deixou de responder, exceptuando essa vez que o deixei em visto. 

- Décima quinta red flag pr'ái: era sempre quando ele queria e como queria. Um dia disse-me "estou na cama a preparar-me para dormir, amanhã acordo cedo, mas envio-te mensagem". Até no dia em que veio até à minha casa certificou-se antes que "só vinha, dependendo do que acontecesse". Acho que aconteceu qualquer coisa que ele não esperava bem... Ele atiçava muito e recuava e isso sim podia ser um sinal de "não sei o que é que estou a fazer nem onde é que me estou a meter" porque de facto ele não sabia.

O resto da história vocês já sabem (andem uns posts para trás). A dúvida no ar se ele seria virgem ou não. A falta de tacto. O não saber beijar. O não tocar no corpo de uma mulher. O não me fazer sexo oral. O perder a erecção quando passámos à minha parte. O começar a entrar em pânico. O queixar-se de todas as posições experimentadas. O sair com o rabinho entre pernas porta fora sem sequer se ter despedido. Aqui dá muito para desconfiar, não dá? Uma pessoa não consegue não pensar na possibilidade dele ser gay.

 

O pós-desastre:

- Vigésima oitava red flag: não ter dito absolutamente nada depois desse dia e responder muito atravessado quando lhe enviei mensagens apenas para saber como ele estava. Que grande idiota! 

Mesmo assim, quando as malditas cordas que ele me pediu para comprar chegaram, enviei-lhe mensagem a informar. Foi quando ele se lembrou que afinal não as ia usar (estava com medo, não estava?). Nessa altura pediu desculpa, uma desculpa bem esfarrapada e duas semanas depois voltou a enviar mensagem para saber se eu já as tinha usado e se queria usá-las com ele. Jurou-me que já tinha usado esse tipo de adereços e que gostava muito, mas quando eu lhe reivindiquei que existiam determinadas coisas em atraso que ele tinha prometido e não cumpriu, ele nunca mais deu ares da sua graça. As coisas em atraso: dar-me o prazer que eu mereço. O que me faz voltar à teoria de que o corpo da mulher para ele é uma coisa proibida. Porquê? Qualquer pessoa que não saiba, quer aprender, certo?

- Centésima quarta red flag: ignorar-me em todos os sítios onde já nos cruzámos. Acho que isso ainda me choca mais do que o não saber fazer nada sexualmente. O dançar, o dar nas vistas, o espectáculo do "eu sou o gostosão daqui".  Uma fachada. 

Curiosamente, ele tem o mesmo nome do meu ex e eu não deixo de pensar que isso pode ser uma reencarnação. Do demo, claro. Uma forma do universo me testar. Deixa lá ver se esta tontinha aprendeu a lição e está pronta para o próximo nível. O que eu sei é que aprendemos ambos muito com esta experiência. É por isso que não me chateia nada ser o pesadelo da vida dele. EU QUERO QUE SEMPRE QUE ELE ME VEJA SE LEMBRE QUE TEM UMA PILA MEDÍOCRE E NÃO SABE LAMBER UMA MULHER. "O que podias estar a fazer comigo agora e não consegues". Incha!

Primeira ressaca do ano: checked! Não consigo perceber como é que a ideia inocente de ir beber um chá com o intuito de desmoer o primeiro sushi de 2024 me levou a fechar um bar e a gastar 20€ em shots. Há coisas muito estranhas a acontecer na minha vida. Bom, isso também não é novidade nenhuma, certo? Não ando com apetite para redes sociais, apps ou tecnologias. Contentem-se com um post por mês e é se acontecer, vou já avisando. Ando a embirrar com a internet no geral e com muitas pessoas em particular. Back to basics. Quero viver fora do telemóvel. Cansei-me dos foguinhos dos meninos que só conseguem utilizar os dedos para estimular ecrãs. Vocês sabem muito bem onde é que eu os quero. Este fim de semana tive um date com uma amiga nova e correu muito bem. Usámos os dedos única e exclusivamente para segurar os palitos do sushi.

 

Só gostava de saber qual é a probabilidade de uma pessoa sair poucas vezes e sempre que decide sair dá de caras com o último tipo em quem se tentou sentar? Exacto. Esse mesmo. O que broxou e fugiu como um coelho desorientado quando lhe damos com os máximos. Vicissitudes da vida dificeis de contornar nos sítios mais pequenos. A probabilidade de nos cruzarmos com quem não queremos aumenta exponencialmente. Sempre me travei muito por causa disso. Andei sempre a apostar nos "de fora". Era uma forma cómoda de prognosticar fins mesmo antes de começar. A este, apanhei-o no inicio da estadia aqui. O destino há-de saber o que fazer com isso, mas não deixa de ser irónico. Vou ter que levar com ele. Assim, como ele, terá de levar comigo. Another milestone for my spiritual growth. Amén!

 

Sempre que nos vemos (pós coito interrompido) é BUÉ esquisito. O horror no rosto dele é aflitivo. Faz-me imensa impressão. Juro. Ele não consegue cumprimentar-me. Acho que se esforça bastante para não o fazer. E eu insisto. Não tem expressão facial sequer. Só me olha paralisado como se estivesse a ter um AVC. Não diz olá, não acena, não mexe. Encolhe-se e entra em modo poupança de energia. É uma coisa tipo "eu não te estou a ver e tu não me estás a ver". Só lhe arranco um ligeiro esgar contorcido e é provável que seja dos nervos. Ou do cólon irritável. Que sofrimento. Até a mim me custa. Porquê? Porque lhe vi a pila? Mole? Não é bonito, mas também não é o fim do mundo. Homens, esclareçam-me. É coisa para tanto? Caramba, eu chupei-o, foda-se! e ele faz que não me conhece... Como se isso apagasse o que aconteceu. Não apaga. É por isso que sinto uma ligeira vontadezinha de continuar a cumprimentá-lo. Dá-me um certo gozo. Admito.

 

O ponto alto da noite foi quando ele saltou para cima do palco e protagonizou uma cena à Magic Mike. Óbvio que todos os que estavam no bar aquela hora já tinham bebido muito mais do que era suposto, incluindo ele, incluindo eu. Baixei a cabeça "ooooh, não!" e perguntei à minha nova amiga se não estava a ter uma alucinação causada pelo alcóol. Que animal de palco. Sim, senhor. O gingado (nada mau, ele mexe-se muito bem até), o histerismo exacerbado (provocado por dois shots talvez), o show off. Olhem todos para mim. Havia necessidade? A criatura não sabe de todo fazer o seu lugar - em situação nenhuma. Foi um espectáculo rídiculo do qual senti vergonha. Foi extravagante e simultaneamente deprimente. A versão que eu conheço dele é muito diferente desta, mas não sei qual é a verdadeira. Se vais fazer uma cena destas, cumprimenta pelo menos a única pessoa na sala que pode acabar com a festa sem ser preciso dizer grande coisa. 

 

Vejo-o a fazer tudo aquilo que disse que não gostava. E a fazê-lo numa escala bastante desmedida. "Não gosto de sair à noite, nunca me deito tarde, não bebo, não aprecio as mulheres da noite, sou mais introvertido e prefiro não socializar muito (ah mas na cama sou excêntrico e criativo)". A mesma pessoa que subiu ao palco de um bar para fazer um strip e mostrar a manga cava. A mesma pessoa que disse que queria meter-se dentro de mim e não sabia como. Que tragicomédia! Por momentos voltei a duvidar da sua orientação sexual. A manga cava levantou suspeitas. Mas porque raio se iria pôr a jeito nas apps? Não faz sentido. A menos que ainda não tenha saído do armário. Não estou a criticar o que fez. Eu também lhe disse que frequentava a igreja (porquê, não sei, mentira não é) e acabei a asfixiá-lo com um bastão para gatos. Nenhum de nós foi 100% honesto, mas ninguém nunca é. Na verdade fui eu que não aceitei o segundo convite para usar as cordas e fui eu que impus condições aparentemente inegociáveis. Ele não chupa, mas quer ser chupado. Caramba, é preciso realmente muito estômago para dar de caras comigo, não é? 

 

Tenho a certeza que nos vamos cruzar mais vezes. Tenho desejos sexuais como toda a gente tem, mas ele não mexe comigo (my vagina doesn't recognize it sister). Na loucura, às vezes penso o quão cómico seria conhecer um amigo em comum e coincidirmos todos numa soirée. Pagava p'ra ver, mas não vou provocar o universo. Prefiro que actue sozinho. Deve saber o que faz. Os 50.000 hóroscopos que li indicam todos que sim. Fingers crossed. Apesar deste cambalacho todo, sinto-me inabalável. E olhem que inabalável é uma palavra muito forte. Há uns anos atrás, se isto me acontecesse, era bem capaz de me sentir beliscada nas juntas, mas percebo agora que o trabalho dos últimos anos têm de facto dado frutos. Não comecei 2024 eufórica, mas estou tranquila. A minha fundação é boa e o poder está do meu lado. No worries.

(será mesmo o último? ah ah ah ah) Os dados que interessam: 

Os outfits:

Eu - umas leggings pretas (melhor compra da Zara de toda a história da moda) combinadas com uma sweat oversized but not too oversized e umas New Balance. Não lavei o cabelo porque não tive pachorra e achei que era um esforço em vão (o auge do entusiasmo eu). Ele - uns jeans, uma tshirt azul escura e um casaco de polipele. Os sapatos eram horríveis (umas botas tipo da neve) e o cabelo também não parecia lavado. Achei-o bonito no geral, um pouco mais gordo do que nas fotos da app. Tem os dentes alinhadissimos, uns lábios super delienados, bem esculpidos, másculos sem serem brutos. O cabelo solto e ondulado dá-lhe um ar diferente do comum (tem pinta de italiano, um querubim entre o surfistinha da linha e o intelectual de esquerda). Tem a barba rarefeita exactamente no ponto em que eu gosto e uns olhos castanhos que me intrigaram um bocadinho. Porquê não sei. Não são profundos. Nem brilhantes. São apenas bonitos. E doces. Tem 30 anos, é aquário (se isso interessar), licenciado, trabalha no estrangeiro e veio a casa passar o Natal.

O date: um pequeno almoço sugerido por ele - depois de termos falado uma ou duas vezes - num sítio e horário sugeridos por mim (começo a achar muito graça aos dates durante o dia!)

 

Overall Rating: 7/10 

Não foi espectacular, mas também não foi um desastre, foi normal acho eu. Considerando que eu também não estava super entusiasmada com o momento, acho a pontuação justa. Não o notei demasiado nervoso, parecia-me relaxado, conseguiu ser brincalhão sem parecer bronco e achei-o honesto em relação à informação que partilhou sobre ele. Ou seja, em comparação com o último date (o das cordas) em que o tipo passou o encontro todo em apneia, foi bastante menos tenso e muito mais suave (embora estivessemos num sítio neutro, claro). Fluiu naturalmente como deve ser uma coisa destas, sem grandes expectativas.

Green flags: Pediu desculpa ao inicio por não me ter dado atenção no dia anterior porque tinha tido um jantar com os primos. Admitiu que há imenso tempo que não estava com ninguém e que só tinha tido uma namorada a sério na vida e à distância porque segundo ele, "quando se gosta, faz-se o que é preciso". Nem sei bem se isto é uma green ou uma red flag... Fico sempre com o pé atrás. Ri imenso quando referiu que não gosta de se gabar porque normalmente quem o faz não faz nada daquilo que diz que faz e como todos os miúdos de 30 anos, deixou escapulir propositadamente que gosta muito de dar prazer a uma mulher (acho que a malta mais nova - quando está com uma mulher mais velha - sente a necessidade de deixar isso bem claro... mesmo que não saiba what it takes to, ah ah ah ah). Não houve nenhuma conversa do tipo "o que é que fazes na app" ou "o que é que procuras" e ainda bem. 

Red flags: Tem um historial familiar complicado sobre o qual não se abriu muito, não tem sido muito constante em termos de trabalho nos últimos anos, mas parece ter as ideias e o coração no lugar. Não é um grande conversador, escreve imensas vezes "ahahahah" como resposta às mensagens e a meio do date perguntou-me se queria combinar alguma coisa mais tarde, com mais tempo. Sugeriu que fossemos comer umas tapas, mas estou constipada e a arrastar-me, não me mostrei muito interessada. Voltou a enviar mensagem mais tarde a sugerir o mesmo e voltei a recusar educadamente. Não gosto que insistam muito nem que forcem a barra. Ele compreendeu. 

 

O que é que me agrada nele: embora seja prematuro, diria que é a abertura. É uma pessoa com vontade de fazer coisas. Que tipo de coisas não sei, mas é alguém que me vejo a convidar para uma caminhada e a aceitar. Acho que é gente para isso e para várias actividades, ao contrário do último, por exemplo, que só me chama para o atar à cama e satisfazer. Fisicamente não sei se houve um click. Acho-o bastante sexy nas fotos, mas ao vivo, as botas deram cabo do figurino que eu já tinha montado na minha cabeça. Tem uns traços bonitos, mas parece desleixado. Vejo potencial, mas precisa de um makeover. Embora pareça isso tudo, não me parece bruto nem plástico como o outro que era uma pedra (até a beijar). Parece flexível e maleável. Fiquei com essa ideia. 

O que é que não me agrada nele: o ar desleixado (pode ter sido hoje), a pouca criatividade nas mensagens (ainda não falámos o suficiente, mas...) e a pressa, no entanto até compreendo em parte. Vai-se embora dia 4 de Janeiro e está a fazer pela vidinha. Pode ser apenas um puto sem grande história e sem grande cabeça a tentar marcar um golo só porque apareceu a oportunidade. Não sei se me apetece arriscar mais um episódio traumático na vida, experiência não me parece que ele tenha muita, mas pelo menos não prometeu este mundo e o outro. Se ele se mexer direitinho talvez haja um segundo date. Depende dele. E dos adversários! To be continued.

 

Entretanto, continuo a falar com o do último post. O do vinho. Conversa da treta. Não desenvolve mais do que o básico, mas lá de vez em quando mete conversa. Dentro do género é provocadorzinho, mas só quer o óbvio claro. Já disse e referiu que sabe muito bem fazer o seu lugar e o que precisa ser feito quando está com uma mulher! Se eu ganhasse um euro por cada vez que um puto me diz isso... E quando eu achava que não podia descer mais abaixo dos 30, começa um de 25 a enviar-me mensagens. O que é que se passa minha gente?! Sinto-me um íman. Ah ah ah ah. Respondi-lhe educamente, mas não lhe dou muita conversa. É preciso ter calma e cuidado quando uma pessoa atravessa mares como estes nunca antes navegados (até porque a mãe da criatura é frequentadora assídua do meu estabelecimento e uma pessoa não se pode dar ao luxo de perder bons clientes). E como não há duas sem três, conheci outro miúdo numa festinha de Natal. Ele estava bastante bêbado já e eu não estava plenamente lúcida também, mas como nessa mesma festa / bar também estava o das cordas, deu-me jeito utilizar esse pequeno só para fazer uma ceninha.

 

Eu já desconfiava que mais tarde ou mais cedo me ia cruzar com o das cordas, assim como também desconfiava que ele não ia saber o que fazer quando isso acontecesse e que o mais provavel era evitar-me. Ou fazer que não me viu. Quando percebi que ele estava lá, passei uma vez perto da mesa dele só para marcar território, mas fiz que não o vi. O objectivo era ser vista e espalhar o pânico. Quando ele topou que eu lá estava, olhou várias vezes para a minha mesa, mas sempre a disfarçar. O mesmo que eu fiz. Depois de algumas bebidas, as minhas amigas decidiram ir dançar e eu que pensava que ia só tomar um copo e vir para casa, acabei a dar tudo na pista de dança. (grande ressaca no dia a seguir!). Quando passei por ele, ele virou as costas para fazer que não estava a ver eu ir nessa direcção, então aproximei-me dele por detrás e disse "é muito tarde para estares aqui a esta hora, não devias estar em casa?" e continuei a andar para a pista de dança. Apeteceu-me gozar um bocadinho com a situação... de ânimo leve, claro. Ele não disse nada, nem sorriu, nem brincou, ficou branco, petrificado, imóvel. Às tantas nem percebeu o que é que eu disse... Vi-o várias vezes na pista de dança, descontraído, a dançar, a beber, a divertir-se, sempre a dar nas vistas, mas eu não me fiquei por menos. Dei tudo e no fim da noite, viu-me a trocar números de telemóvel com esse rapazinho assim como me viu a sair sozinha do bar a caminho de casa. Não houve mensagens posteriores, mas houve aquilo que ele no inicio, quando começámos a falar, me tinha dito "se não estiveres interessada em mim, eu eventualmente terei de seguir em frente". Está a pagar pela língua porque eu mostrei-lhe exactamente como se faz.

 

Tenho obviamente de confessar que depois dele me ter enviado a última mensagem a oferecer-se novamente para eu usar as cordas nele, passado uns dias, enviei-lhe foto das cordas, tudo para o picar. Ando a brincar com o fogo, eu sei. "Acho que vão dar óptimas decorações de Natal, não achas?", ele respondeu "com certeza". O que ele responde sempre quando não quer continuar a falar... acho eu. Também não disse mais nada. Gosto apenas de picá-lo e de fazê-lo passar mal com a cena toda que ele próprio montou. Gosto de torturá-lo com a ideia de que eu podia perfeitamente fazer o que ele quer que eu faça, mas não faço porque ele não me dá aquilo que eu quero. Há lá coisa mais sádica do que esta?! Se isto não é rough enough então não sei o que será... Acho que estou a jogar bem, não estou?! Assim como acho que daqui a uns tempos, quando eu me tiver esquecido do assunto e ele não tiver entretenimento melhor, há-de voltar a perguntar-me sobre as ditas cordas. Uma coisa é certa, incomoda-me muito que ainda não tenham sido utilizadas. Devia arrumar o assunto este ano. Ah ah ah ah ah. Boas saídas malta e grandes entradas! 

DIY

Nada de novo na terra do nunca. Não esperem grandes desfechos. Já não conto com eles. Estou em banho maria e não me importo de assim ficar até 2024. Sinto que o fim de ano é sempre pesado para toda a gente. Estamos cansados, não estamos? Qualquer esforço extra nesta altura - nem que seja interpretar uma frase - é penoso. Continuo nas apps - sem grandes esperanças. É um entretenimento (na falta de melhor). Ou uma forma de me enganar a mim própria. Não costumo ser muito pessimista, mas confesso que estou a perder o pé em relação a várias coisas. Se fossem só as relações... Já vi isto com melhores olhos, confesso. Estou muito apreensiva com os negócios e desanimada com o resto. A humanidade está um bocadinho feia e eu não queria nada admitir isso. Estamos a perder-nos (se já não estivermos completamente perdidos). 

 

Ontem, acordei e fui caminhar. Troquei o ginásio pelo frio da rua. Pessoas que saem da cama para apanharem frio na puta da cara propositadamente só podem vencer na vida. Tenho dito. Gosto dessas trocas para quebrar a rotina. É mais ou menos o que procuro nas apps. E fora delas. Alguém que "quebre" as minhas rotinas de uma forma saudável e graciosa. (graciosa, ah ah ah. tudo o que as apps são). Enquanto caminhava parti-me a rir. As caminhadas são normalmente o momento em que costumo "falar" com o universo (solto a Alexandra Solnado que há em mim e lá vai). "Bonito hein, mais uma das tuas". Como posso não rir? Eu a pensar que ia ter o melhor sexo da minha vida depois de anos em jejum e o universo envia-me justamente o contrário. Que mal fiz eu? Há coisas que realmente não se explicam! Depois disso, acho melhor não pedir mais nada a não ser força para aguentar e esperança para continuar. Ando a falar com um de 30 (mais um!). A maioria dos que andam nas apps parecem ter todos a mesma idade, não há muita gente acima disso (porque se calhar já desistiram de se chatear). É bastante divertido, o que o ajuda, mas temo - à semelhança de todas as outras histórias recentes - que seja conversa para pouco tempo embora ele diga que daqui a 3 meses volta para a terra (está actualmente fora em trabalho) e vamos beber um vinho. 

 

Recentemente, e porque estes temas me têm interessado, estive a ouvir um podcast sobre a "nova sexualidade". Foi, do meu ponto de vista, bastante assustador. Estamos a criar adultos "pseudo" autónomos - uma geração que aprende a (sobre)viver e a desenrascar-se muito bem sozinha - e que vê o sexo como um produto que se adquire para satisfazer desejos e impulsos biológicos. Daí a popularidade das apps. Basicamente é como se fosses ao supermercado porque tens fome e apetece-te um donut. Vais às apps porque estás com tesão e apetece-te ser satisfeito. Sim, SATISFEITO. O sexo deixou de ser uma actividade a dois para passar a ser uma actividade cada vez mais individual. O que é um pouco contra natura porque nós precisamos do outro para evoluir e não me refiro apenas à procriação. As estatísticas confirmam que esta geração faz menos sexo e cada vez menos (números bons para as sex shops, claro). O problema é que estes adultos "pseudo" autónomos não sabem (até terem um encontro de 3º grau como eu tive) que o sexo real é muito diferente da pornografia. O sexo, de verdade, é mais complexo do que bater umas punhetas à frente do computador. Exige sobretudo que a pessoa se entregue, coisa que esta geração não gosta lá muito de fazer. A geração que está conectada a todos os devices, menos aos que realmente importam. É bem assustador isto!  De repente uma pessoa tem quase 40 e tem de se situar se quiser ir a jogo. Se não quiser, a solução é... DIY. O problema é que nós - os de quase 40 - que crescemos com o gingado de anca do Patrick Swayze não estamos bem a ver como é que isto passou, de repente, para a masmorra do Mr. Grey. 

 

Entretanto, não vos cheguei a actualizar sobre a minha limpeza energética, mas ao que parece, vou para 2024 sujinha e poluída. Não é que me chateei a valer com o meu amigo lá das coisas do além? Vocês sabiam que não ia dar certo, né? Há uns tempos ele apresentou-me o suposto plano de limpeza por um preço e disse que eu não precisava de fazer todos os passos, bastava o primeiro, o mais importante. Quando decidi "limpar-me", ou melhor, "libertar-me", transferi-lhe o valor do 1º passo. Disse-lhe para comprar o material necessário e que depois acertávamos o resto, ou seja, pensei que ele tinha entendido que começávamos por aí e logo víamos. Quando o material chegou, ele enviou-me uma mensagem e disse que "aguardava o resto do dinheiro para iniciar a terapia" e eu perguntei-lhe se não podia avançar com a primeira parte tal como tinha referido e ele inventou que não. Fiquei furiosa porque ele estava obviamente a aproveitar-se da situação para me sacar mais dinheiro de uma forma pouco ética. Passei-me e disse-lhe que já não queria fazer a limpeza e que ele me devolvesse o respectivo dinheiro descontando o valor do material (ainda fui bem amiga!). O material - 6 velas - custaram um balúrdio! Disse-lhe que não gostava da forma como ele estava a gerir a situação, que pensava que éramos amigos e encerrei o assunto porque ele é um tipo de pessoa com a qual não se deve discutir. Ontem, quando regressava da caminhada, encontrei-o na rua. "O que é que eu faço agora?" Passei por ele e cumprimentei-o, mostrando-lhe toda a minha classe e boa educação (doida para o mandar para o caralho, claro). Tinha um dedo ligado, estava de muletas e coxeava. Parece que lhe caiu qualquer coisa em cima pesada e teve de ser operado ao dedo e ao joelho. Despediu-se quase a fugir com um  "falamos com mais tempo depois". Epah, karma's a bitch! Antes suja e com os chacras todos entupidos do que mal acompanhada. Só tenho mesmo este pedido: que 2023 leve tudo o que não seja preciso! Se não falarmos antes do Natal, desejo-vos muitas punhetas... de bacalhau, claro. 

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