Não me controlo né? Cá estou eu outra vez... trazendo de volta o mesmo assunto. A Solteira aqui só para vocês! Estava longe de imaginar que a vida amorosa das quarentonas fosse assim tão... animada?! Nem sei bem que adjectivo utilizar. Só sei que me sinto uma daquelas adolescentes que quer contar às amigas os pormenores todos da história, ele disse assim, ele fez assado. O último post foi uma tentativa de "encerrar" o capítulo R. ou de pelo menos colocá-lo em standby por algumas semanas (até ele se chatear com a actual ou mudar de namorada). Pensei que não iam existir mais contactos. Pelo menos por agora. Mas... no fundo, no fundo, guardava escondidinha uma esperançazinha, não vou mentir. Assim muito "inha". O último post foi escrito de acordo com a minha necessidade de arrumar tudo em gavetas (sempre a tive, não é de agora). Ou é ou não é. O problema é que na maioria das vezes não é assim tão fácil simplificar processos, quanto mais sentimentos. Existem gavetas com as quais temos de aprender a viver entreabertas.
O R. enviou-me uma mensagem. Uma mensagem simples, nada comprometedora atenção! Partilhei um post antigo sobre a inauguração do espaço onde trabalho e ele enviou-me - na sequência disso - uma mensagem a dar-me os parabéns e a desejar-me muito sucesso, "mereces muito mesmo". Enterneceu o meu coração. Como sempre. Nunca ninguém me desejou tanto! Se há coisa que ele consegue fazer com muita habilidade, essa coisa é exactamente isso: pôr-me a sentir tudo à flor da pele. Respondi-lhe com um obrigada e acrescentei um coração e o emoji do beijinho, não quis parecer seca, mas também não fiz mais conversa. Hoje partilhei um story e ele reagiu com um coração. Eu disse que parecia uma adolescente, não disse? Sempre que partilho algum post a falar do meu trabalho - na página da marca que criei e que ele segue - ele também reage e é óbvio que eu GOSTO MUITO DISSO. Isto significa que ele anda atento, certo? Assim como significa também que a intenção dele não é cortar o contacto. São coraçõezinhos demais nos stories. Tal como ele disse, nós podemos ser amigos. Quando o convidei para tomarmos café, fi-lo porque tenho muitas saudades dele, de estar com ele, de falar com ele, independentemente do resto. Não sei se ele percebeu isso, se entendeu o convite assim. Só queria abraçá-lo, vê-lo, estar com ele. Ele sai fora de todos os parâmetros da minha vida e se calhar é por isso que acrescenta tanto. Não vou negar que também tenho muitas saudades de me enrolar com ele e há obviamente o perigo muito grande de nenhum dos dois se aguentar no que a isso diz respeito. Talvez seja por isso que está bom assim como está. Mas que há qualquer coisa entre nós, lá isso há.
Continuo a acreditar na minha teoria: ele não está totalmente descansado em relação ao nosso café pendente (nem à sua relação emergente). Creio que me anda a rondar. Claro que uma mensagem de parabéns e desejo de sucesso não significa mais do que isso, mas porque é que ele se iria incomodar? É um bom pretexto para voltar ao contacto, não é? Ou para ser lembrado. Pode ser apenas uma estratégia para não perder território. Nem sei explicar isto de outra forma, mas sinto-me muito mais triste sem notícias dele do que com notícias dele com a outra. Até porque as outras - posições que todas nós já ocupámos - podem contribuir e muito para o desenvolvimento de competências necessárias. Por vezes, quando me leio, fico assustada com as coisas que digo. A outra não me preocupa assim tanto. Não tem grande relevância para mim, mas também não me surpreende nada que daqui a dias apareçam casados. Eu não quero ocupar o lugar dela, só não quero que ele desapareça da minha vida. Pelo menos por agora (é provavelmente que me venha a arrepender do que acabei de escrever).
Tenho ânsias de vê-lo, nem vos passa pela cabeça. Tenho ânsias de tudo. De irmos ao Mac às tantas da noite comprar gelados enquanto ele conduz só com uma mão porque a outra está entrelaçada na minha. De caminharmos, à noite, debaixo das estrelas enquanto partilhamos coisas bonitas. De chegarmos a casa e ele sentar-me na mesa da cozinha enquanto me beija e me abraça. De irmos para o chuveiro juntos. Ele acordou qualquer coisa que estava adormecida em mim (ou que se calhar nunca tinha sido realmente acordada). E como eu acho que nunca vivi nada assim, tenho de fazer o esforço para deixar acontecer naturalmente (um formato que não casa de todo com a minha pessoa). Como eu queria que a minha amiga tivesse razão quando ela diz que é recíproco. Viajo amanhã. Durante os próximos dias teremos o acontecimento do mês: o aniversário da respectiva. Veremos quão românticas serão as declarações de amor nesse dia (e quantos corações os meus stories receberão). Uma amiga minha disse-me uma vez que eu conseguia dar-lhe a volta à cabeça em 3 tempos se realmente quisesse. Tem uma certa razão. Nunca acredito muito em mim, nem me faço valer... mas cheira-me, não sei porquê, que fui diferente para ele sem precisar me esforçar assim tanto. E tudo o que é diferente, a gente não esquece.