(será mesmo o último? ah ah ah ah) Os dados que interessam:
Os outfits:
Eu - umas leggings pretas (melhor compra da Zara de toda a história da moda) combinadas com uma sweat oversized but not too oversized e umas New Balance. Não lavei o cabelo porque não tive pachorra e achei que era um esforço em vão (o auge do entusiasmo eu). Ele - uns jeans, uma tshirt azul escura e um casaco de polipele. Os sapatos eram horríveis (umas botas tipo da neve) e o cabelo também não parecia lavado. Achei-o bonito no geral, um pouco mais gordo do que nas fotos da app. Tem os dentes alinhadissimos, uns lábios super delienados, bem esculpidos, másculos sem serem brutos. O cabelo solto e ondulado dá-lhe um ar diferente do comum (tem pinta de italiano, um querubim entre o surfistinha da linha e o intelectual de esquerda). Tem a barba rarefeita exactamente no ponto em que eu gosto e uns olhos castanhos que me intrigaram um bocadinho. Porquê não sei. Não são profundos. Nem brilhantes. São apenas bonitos. E doces. Tem 30 anos, é aquário (se isso interessar), licenciado, trabalha no estrangeiro e veio a casa passar o Natal.
O date: um pequeno almoço sugerido por ele - depois de termos falado uma ou duas vezes - num sítio e horário sugeridos por mim (começo a achar muito graça aos dates durante o dia!)
Overall Rating: 7/10
Não foi espectacular, mas também não foi um desastre, foi normal acho eu. Considerando que eu também não estava super entusiasmada com o momento, acho a pontuação justa. Não o notei demasiado nervoso, parecia-me relaxado, conseguiu ser brincalhão sem parecer bronco e achei-o honesto em relação à informação que partilhou sobre ele. Ou seja, em comparação com o último date (o das cordas) em que o tipo passou o encontro todo em apneia, foi bastante menos tenso e muito mais suave (embora estivessemos num sítio neutro, claro). Fluiu naturalmente como deve ser uma coisa destas, sem grandes expectativas.
Green flags: Pediu desculpa ao inicio por não me ter dado atenção no dia anterior porque tinha tido um jantar com os primos. Admitiu que há imenso tempo que não estava com ninguém e que só tinha tido uma namorada a sério na vida e à distância porque segundo ele, "quando se gosta, faz-se o que é preciso". Nem sei bem se isto é uma green ou uma red flag... Fico sempre com o pé atrás. Ri imenso quando referiu que não gosta de se gabar porque normalmente quem o faz não faz nada daquilo que diz que faz e como todos os miúdos de 30 anos, deixou escapulir propositadamente que gosta muito de dar prazer a uma mulher (acho que a malta mais nova - quando está com uma mulher mais velha - sente a necessidade de deixar isso bem claro... mesmo que não saiba what it takes to, ah ah ah ah). Não houve nenhuma conversa do tipo "o que é que fazes na app" ou "o que é que procuras" e ainda bem.
Red flags: Tem um historial familiar complicado sobre o qual não se abriu muito, não tem sido muito constante em termos de trabalho nos últimos anos, mas parece ter as ideias e o coração no lugar. Não é um grande conversador, escreve imensas vezes "ahahahah" como resposta às mensagens e a meio do date perguntou-me se queria combinar alguma coisa mais tarde, com mais tempo. Sugeriu que fossemos comer umas tapas, mas estou constipada e a arrastar-me, não me mostrei muito interessada. Voltou a enviar mensagem mais tarde a sugerir o mesmo e voltei a recusar educadamente. Não gosto que insistam muito nem que forcem a barra. Ele compreendeu.
O que é que me agrada nele: embora seja prematuro, diria que é a abertura. É uma pessoa com vontade de fazer coisas. Que tipo de coisas não sei, mas é alguém que me vejo a convidar para uma caminhada e a aceitar. Acho que é gente para isso e para várias actividades, ao contrário do último, por exemplo, que só me chama para o atar à cama e satisfazer. Fisicamente não sei se houve um click. Acho-o bastante sexy nas fotos, mas ao vivo, as botas deram cabo do figurino que eu já tinha montado na minha cabeça. Tem uns traços bonitos, mas parece desleixado. Vejo potencial, mas precisa de um makeover. Embora pareça isso tudo, não me parece bruto nem plástico como o outro que era uma pedra (até a beijar). Parece flexível e maleável. Fiquei com essa ideia.
O que é que não me agrada nele: o ar desleixado (pode ter sido hoje), a pouca criatividade nas mensagens (ainda não falámos o suficiente, mas...) e a pressa, no entanto até compreendo em parte. Vai-se embora dia 4 de Janeiro e está a fazer pela vidinha. Pode ser apenas um puto sem grande história e sem grande cabeça a tentar marcar um golo só porque apareceu a oportunidade. Não sei se me apetece arriscar mais um episódio traumático na vida, experiência não me parece que ele tenha muita, mas pelo menos não prometeu este mundo e o outro. Se ele se mexer direitinho talvez haja um segundo date. Depende dele. E dos adversários! To be continued.
Entretanto, continuo a falar com o do último post. O do vinho. Conversa da treta. Não desenvolve mais do que o básico, mas lá de vez em quando mete conversa. Dentro do género é provocadorzinho, mas só quer o óbvio claro. Já disse e referiu que sabe muito bem fazer o seu lugar e o que precisa ser feito quando está com uma mulher! Se eu ganhasse um euro por cada vez que um puto me diz isso... E quando eu achava que não podia descer mais abaixo dos 30, começa um de 25 a enviar-me mensagens. O que é que se passa minha gente?! Sinto-me um íman. Ah ah ah ah. Respondi-lhe educamente, mas não lhe dou muita conversa. É preciso ter calma e cuidado quando uma pessoa atravessa mares como estes nunca antes navegados (até porque a mãe da criatura é frequentadora assídua do meu estabelecimento e uma pessoa não se pode dar ao luxo de perder bons clientes). E como não há duas sem três, conheci outro miúdo numa festinha de Natal. Ele estava bastante bêbado já e eu não estava plenamente lúcida também, mas como nessa mesma festa / bar também estava o das cordas, deu-me jeito utilizar esse pequeno só para fazer uma ceninha.
Eu já desconfiava que mais tarde ou mais cedo me ia cruzar com o das cordas, assim como também desconfiava que ele não ia saber o que fazer quando isso acontecesse e que o mais provavel era evitar-me. Ou fazer que não me viu. Quando percebi que ele estava lá, passei uma vez perto da mesa dele só para marcar território, mas fiz que não o vi. O objectivo era ser vista e espalhar o pânico. Quando ele topou que eu lá estava, olhou várias vezes para a minha mesa, mas sempre a disfarçar. O mesmo que eu fiz. Depois de algumas bebidas, as minhas amigas decidiram ir dançar e eu que pensava que ia só tomar um copo e vir para casa, acabei a dar tudo na pista de dança. (grande ressaca no dia a seguir!). Quando passei por ele, ele virou as costas para fazer que não estava a ver eu ir nessa direcção, então aproximei-me dele por detrás e disse "é muito tarde para estares aqui a esta hora, não devias estar em casa?" e continuei a andar para a pista de dança. Apeteceu-me gozar um bocadinho com a situação... de ânimo leve, claro. Ele não disse nada, nem sorriu, nem brincou, ficou branco, petrificado, imóvel. Às tantas nem percebeu o que é que eu disse... Vi-o várias vezes na pista de dança, descontraído, a dançar, a beber, a divertir-se, sempre a dar nas vistas, mas eu não me fiquei por menos. Dei tudo e no fim da noite, viu-me a trocar números de telemóvel com esse rapazinho assim como me viu a sair sozinha do bar a caminho de casa. Não houve mensagens posteriores, mas houve aquilo que ele no inicio, quando começámos a falar, me tinha dito "se não estiveres interessada em mim, eu eventualmente terei de seguir em frente". Está a pagar pela língua porque eu mostrei-lhe exactamente como se faz.
Tenho obviamente de confessar que depois dele me ter enviado a última mensagem a oferecer-se novamente para eu usar as cordas nele, passado uns dias, enviei-lhe foto das cordas, tudo para o picar. Ando a brincar com o fogo, eu sei. "Acho que vão dar óptimas decorações de Natal, não achas?", ele respondeu "com certeza". O que ele responde sempre quando não quer continuar a falar... acho eu. Também não disse mais nada. Gosto apenas de picá-lo e de fazê-lo passar mal com a cena toda que ele próprio montou. Gosto de torturá-lo com a ideia de que eu podia perfeitamente fazer o que ele quer que eu faça, mas não faço porque ele não me dá aquilo que eu quero. Há lá coisa mais sádica do que esta?! Se isto não é rough enough então não sei o que será... Acho que estou a jogar bem, não estou?! Assim como acho que daqui a uns tempos, quando eu me tiver esquecido do assunto e ele não tiver entretenimento melhor, há-de voltar a perguntar-me sobre as ditas cordas. Uma coisa é certa, incomoda-me muito que ainda não tenham sido utilizadas. Devia arrumar o assunto este ano. Ah ah ah ah ah. Boas saídas malta e grandes entradas!